Há algum tempo eu fiz um poema com um tema tão vago, que parece até coisas de autoajuda. Era grande, com quase quatro folhas. Mas eu fui machadando-o, podando-o, até ficarem apenas três estrofes.
Já li uns versos do Mário Quintana em que ele diz para os poetas não datarem seus poemas. Mas não tem jeito. Tem uma data impressa neste poema abaixo em minhas lembranças adolescentes que não me deixa esquecer o contexto "histórico" dele.
Boa leitura!
A vida
Ai... mas a vida
só é mais bela que a outra vida
que escuma ao lado em milhões.
A vida caminha
e os sorrisos brancos
de cetim cor-de-algodão
é o coração humano
que já não bate assim em tantos.
Talvez a vida seja a pluma
carregada pelo vento;
Seja a água e o champagne,
a espuma da água suja
e a pureza dos teus olhos...
Ai, mas a vida que insiste em brigar
talvez não queira mais brindar comigo
talvez não queira, por enquanto...
(22.10.2001)
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