quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Sobre o Ensaio
Pois bem, trata-se de uma obra, no caso cinema, baseada em outra obra, do outro lado, literária. As imagens, cenário, personagens (atores) foram cuidadosamente bem montados e escolhidos pelo Diretor Fernando Meireles. O filme é muito bem acabado, com qualidade de som, montagem e passa realmente uma sensação semelhante à que se encontra no livro.
Porém, com uma atuação magistral de Juliane Moore como a "mulher do médico", o filme acaba se tornando em um filme de um personagem, e não de vários personagens que representam um povo, como no caso o livro parece demonstrar. Não que isso seja ruim, saliento aqui.
Então, para firmar minha opinião, acho o filme muito bom, de excelente bom gosto, até pelo fato de "maneirar" um pouco nas cenas mais fortes de sexo e violência. Não que eu seja moralista, mas na literatura, este tipo de cena funciona de um jeito bem diferente do que no cinema ou na televisão. E, neste caso, o público em geral poderia confundir chiclete com charrete.
Aconselho quem leu a obra assistir ao filme também. Mas apenas para quem já leu a obra, porque este livro não pode deixar de ser lido não, mesmo com um belo filme baseado em sua história.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
olimpíadas
No futebol, na fórmula 1 e no vôlei somos sempre muito bem representados nas competições internacionais. E pára por aí. Em várias outras modalidades esportivas não conseguimos disputar de igual para igual títulos importantes com outras nações menos ricas do que nós, com população menor do que a nossa.
As Olimpíadas são o maior exemplo de como o Brasil decepciona nos esportes. Somos fracos, muito fracos. Cuba consegue ser melhor do que o Brasil e isso não é nada interessante.
Se formos pensar em proporção, os cinco países mais populosos são 1º China, 2º Índia, 3º EUA, 4º Indonésia e 5º BRASIL. Em termos de economia, o Brasil é atualmente a 10ª economia mundial. Ou seja, o Brasil, ao meu ver, teria que obrigatoriamente transpor para os esportes olimpíadas, em número de VITÓRIAS, sua posição no mundo.
O que vemos, ao contrário, é uma lamúria sem fim de atletas e imprensa em todas as olimpíadas. A maioria dos atletas vão para a olimpíada para participar e não para competir e ganhar.
Somos pobres, muito pobres. Acho tão ridículo comemorarmos uma medalha de bronze como se fosse um vitória. Para o atleta brasileiro que se esforçou muito, realmente é uma glória, um sacrifício sobrehumano para poder alcançá-la. Este sim, está certo em comemorar. Mas a imprensa ufanizar (acabei de inventar isso) esta posição, só demonstra como somos conformistas, vira-latas.
O pior de tudo é que esse fator demonstra qual a nossa realidade política e social: abandono e descaso com o esporte.
Hoje em dia os alunos praticamente não fazem mais aulas de educação física. Não há escolas para o aprendizado das várias práticas esportivas. Quando há, não conta com incentivo nenhum de empresas e do governo. Este último, aliás, só "investe" quando o atleta, por conta própria, já demonstrou certo talento.
A impressão que dá é que todos estão à espera de um milagre. Talvez quando as olimpíadas (se vier) vierem para o Brasil, a gente melhore. De uma década a outra, nos tornaremos potência olímpica. Quem sabe.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
enquanto há vida
Ai... mas a vida
só é mais bela que a outra vida
que escuma ao lado em milhões.
A vida caminha
e os sorrisos brancos
de cetim cor-de-algodão
é o coração humano
que já não bate assim em tantos.
Talvez a vida seja a pluma
carregada pelo vento;
Seja a água e o champagne,
a espuma da água suja
e a pureza dos teus olhos...
Ai, mas a vida que insiste em brigar
talvez não queira mais brindar comigo
talvez não queira, por enquanto...
segunda-feira, 7 de julho de 2008
enfim...é passada a hora e a vez
palestra literatura jul. 2008
espero que possa ajudá-los de alguma forma.
abaixo está um vídeo sobre um filme que foi lançado, inspirado no conto "A hora e a vez de Augusto Matraga".
quarta-feira, 2 de julho de 2008
primeiro dia de pitaco's
no primeiro dia da palest... dos pitaco's, ocorreram imprevistos e conseguimos falar de duas obras interessantíssimas.
segue ao lado, nas "sugestões" o link com os slides deste primeiro dia.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
profeta de mim mesmo
Em algum lugar, não sei onde,
devo confessar,
estará a glória, a minha glória.
Garanto que estarei sorrindo
quando der um passo a mais.
Pois, garanto, jamais pisarei em falso.
E de tudo, ficará apenas o orgulho.
De tudo, restarão meus medos,
para que uma condição se resolva:
se há esparadrapos na cabeça de tantos por aí,
hei de plantar minhas invenções
e garfar milhões de aplausos.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
faltam 15 dias...
Novamente Leozim (intimado) e Eu faremos um bate-bola sobre algumas obras do vestibular. A saber, as obras selecionadas foram:
- Nove Noites - Bernardo Carvalho
- Calabar - Chico Buarque e Rui Guerra
- Prosas seguidas de odes mínimas - José Paulo Paes
- La vie en close - Paulo Leminski
- Ensaio sobre a cegueira - José Saramago
Local: Anfiteatro do Bloco X - Campus Santa Mônica UFU
Dias: 01/07 e 02/07
Horário: A partir das 18:40
sexta-feira, 30 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
sobre a oficina de escritores
Sobre Escrita, Divulgação e Publicação
Interação entre escritores iniciantes. Discussão sobre a escrita literária. Discussão sobre os meios relacionados à difusão (divulgação, publicação, distribuição) de textos literários: sites, blogs, Orkut, revistas, antologias, saraus, prêmios e concursos, incentivos culturais, agentes literários, mercado editorial etc. Promoção de eventos relacionados à Literatura. Criação de alternativas a fim de difundir os textos dos integrantes.
1) Para maiores informações, peça e leia o projeto > jjjuninhosys@yahoo.com.br
[Arquivos PDF ou Word] Se preferir, vá ao menu "indicações", do lado esquerdo desta página e baixa o arquivo no formato PDF.
[Justificativas, Funcionamento, Objetivos, Público alvo, Instruções]
2) Lido o projeto e despertado o interesse, faça sua inscrição > jjjuninhosys@yahoo.com.br
[Vagas limitadíssimas]
[Inscrição gratuita]
3) Feita a inscrição, receberá todas as (outras) informações úteis.
[Dia, horário e local das reuniões. Periodicidade. Etc.]
=============================================
terça-feira, 13 de maio de 2008
parabólicas: primeira tentativa
Parabólicas nº 1
Não há mais parabólicas
captando os sinais dispersos por aí.
Há sim paranóicos, etanóicos, doido-varridos.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
análise: Manuel Bandeira - por luiz cézar cordeiro
Conforme prometido, eis abaixo uma pequena análise do livro Melhores Poemas de Manuel Bandeira. Espero que possa ajudá-lo(a)s de alguma forma.
Os Melhores Poemas de Manuel Bandeira
Toda vida de Manuel Bandeira está como que refletida na sua poesia. Talvez, não exista (...) exemplo maior de transposição para o plano artístico de uma experiência pessoal (...) – Francisco de Assis Barbosa.
Manuel Bandeira foi um exemplo típico, dentro da Literatura Brasileira, de como que a vida e obra do autor podem se confundir, se entrelaçar. Mas, não foi somente da vida do autor que a poesia de Manuel Bandeira se constituiu. Há que se atentar para a colaboração de seus versos para o início do Modernismo.
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
(...)
— Eu faço versos como quem morre.”
“Depois de morto, quando eu chegar ao outro mundo,
Primeiro quererei beijar meus pais, meus irmãos, meus avós, meus tios, meus primos.
Depois irei abraçar longamente uns amigos – Vasconcelos, Ovalle, Mário... (...)”
- Poesia do Modernismo – 1ª fase;
- Linguagem simples, cotidiana e em vários poemas, prosaica;
- Predominância de versos brancos e versos livres;
- Temas recorrentes:
- Morte;
- Infância (saudade / nostalgia);
- Metalinguagem;
- Sensualidade;
É possível notar algumas destas características nos poemas abaixo:
Os sapos
[...]
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: “Meu cancioneiro
É bem martelado.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.
No trecho deste poema “Os sapos”, nota-se um crítica feroz à literatura em voga no início do século XX: Parnasianismo. Essa crítica foi adotada pelos primeiros Modernistas.
Usando de recursos como ironia, sarcasmo e paródia, essa poesia lembra um poema do poeta Parnasiano Olavo Bilac, intitulado “A um poeta”:
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
E a força e a graça na simplicidade.
Olavo Bilac
Desta forma, esta poesia de Manuel Bandeira contribuiu de forma significativa na Semana de Arte Moderna, que foi um marco histórico e de início do Modernismo e, consequentemente, com os “ideais” do Modernismo de combate à Literatura Passadista e proposta de uma Literatura de caráter nacional.
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
Abaixo os puristas
Verifica-se neste poema, a posição modernista quanto à concepção da poesia lírica. Contrária ao rigor formal e temático dos parnasianos, a poesia bandeiriana e, por conseguinte, toda a fase libertária do primeiro momento modernista.
[...]
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de são João
Porque adormeci
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.
Nota-se um sentimento de tristeza quando o poeta se lembra de um tempo “que não volta mais”: quando eu tinha seis anos...
Maçã
Por um lado te vejo como um seio murcho
Pelo outro como um ventre de cujo umbigo pende ainda o cordão placentário
Palpita a vida prodigiosa
Infinitamente
Ao lado de um talher
Num quarto pobre de hotel.
Por último, uma de suas poesias mais conhecidas: “Vou-me embora pra Pasárgada”, onde o tema da fuga torna-se evidente, através da criação de um lugar perfeito, ideal para uma vida plena do poeta:
Vou me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
-Lá sou amigo do rei-
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Mas, não se esqueça que as poesias aqui devem ser relacionadas, guardadas as proporções, às características primordiais do Modernismo, de liberdade de criação, superação de modelos arcaicos da Literatura Nacional e proposta de uma nova concepção de poesia.
Ao mesmo tempo, sua poesia não deve ser separada de sua vida. Desta forma, poesias que expressam um sentimento íntimo com a morte são derivados da triste experiência de Bandeira com uma doença, em seu contexto histórico, praticamente irreversível.
[1] Francisco de Assis foi o estudioso em Manuel Bandeira que fez a seleção dos poemas desta obra.
[2] Metalinguagem: Segundo Thaís N. de Camargo Metalinguagem é a propriedade que tem a língua de voltar-se para si mesma, é a forma de expressão dos dicionários e das gramáticas. O significado do termo, entretanto, ampliou-se e hoje o encontramos associado aos vários tipos de linguagem. Veja esta explicação na íntegra , consulte http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u1745.shtml
quinta-feira, 24 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
blindness
O engraçado é que as imagens que vi nesse pequeno vídeo são mais ou menos parecidas com aquelas que montei em minha cabeça, quando li o livro.
Confesso que aguardo esse filme com ansiedade. Espero que ele seja tão bom quanto essa magnífica obra. Na verdade, se ele for apenas bom, tá muito bom.
terça-feira, 8 de abril de 2008
manuel... um cara apenas
Esta simplicidade não é coisa de estética, mas coisa de vida. O tom prosaico as vezes se resume a uma conversa com um amigo, com um parente, com uma amante ou com as paredes.
Muitos críticos gostam de complicar o que não é complicado:
"Estou cansado do lirismo que não é libertação"
Manuel Bandeira
domingo, 6 de abril de 2008
segunda-feira, 24 de março de 2008
volta a batalha
É apenas uma pequena análise do livro Melhores Poemas para os alunos que estão prestando vestibular na UFU. Caso outros se interessem pelo livro, fiquem a vontade pra ler. Garanto que não faz mal algum.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
o remédio para a insônia
Muitas vezes os poetas, escritores, dramaturgos criaram algo brilhante em meio a uma grande insônia. Não que isso seja inspiração, mas é um momento propício para criar algo novo.
Num momento como este, criei, além do poema abaixo, o "conceito" para minha pequena obra literária.
Boa leitura!
Disco voador
Você já viu um disco voador?
Você já viu?
Será que desaprovou
Minha angústia viril?
Será que será uma porta
Que abriu?
Uma janela que fechou?
Você já viu um disco voador?
Quem já viu, por pouco amor
Caçoou de si mesmo
Desacreditou no céu
Tão estranha espaçonave,
dando voltas num mundo desabitado.
Quem viu desaprovou,
Tão estranho é o mundo
Que há pessoas estranhas
Próximas umas das outras
Procurando apenas em si
Um sinal no céu, no ar
Mas nenhum desses viram
O disco voador
Que pousou manso
E encontrou solidão.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Novos Livros
Desta forma, acredito que os vestibulandos terão uma contato maior ainda com a produção mais atual da Literatura Brasileira. O próximo passo agora é ler as obras. Bonne Lecture!!!
Assim que eu tiver material que ajude na leitura desta obras, eu coloco aqui no blog ou no grupo de Francês do Futuro <http://groups.google.com.br/group/francesfuturo?hl=pt-BR>.
Clichês
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Pitaco's Literários
Foram horas de análise, palpites, bate-papo sobre Literatura, mais especificamente sobre as obras literárias cobradas no vestibular da UFU.
Aproveito para agradecer a Mariana por ter aceito o convite e ter dado uma bela contribuição aos alunos. Brigadão Mariana!!!!!
E ao Leozim. É isso aí meu irmão!!!! Grande Leozeira da Bahia... Os pitaco's arrepiaram a galera.
A quem se interessar pelos slides apresentados no Pitaco's, podem baixar o arquivo na página do Grupo de Francês do Futuro: http://groups.google.com.br/group/francesfuturo?hl=pt-BR.
Grande abraço a todos!!!!!!!!!!!!!!!!