terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sobre o Ensaio

Na semana passada assisti ao Filme "Blindness", baseado no Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago. Claro que fui convicto de que o filme não seria melhor do que a obra, quiçá semelhante em qualidade e profundidade psicológica.

Pois bem, trata-se de uma obra, no caso cinema, baseada em outra obra, do outro lado, literária. As imagens, cenário, personagens (atores) foram cuidadosamente bem montados e escolhidos pelo Diretor Fernando Meireles. O filme é muito bem acabado, com qualidade de som, montagem e passa realmente uma sensação semelhante à que se encontra no livro.

Porém, com uma atuação magistral de Juliane Moore como a "mulher do médico", o filme acaba se tornando em um filme de um personagem, e não de vários personagens que representam um povo, como no caso o livro parece demonstrar. Não que isso seja ruim, saliento aqui.

Então, para firmar minha opinião, acho o filme muito bom, de excelente bom gosto, até pelo fato de "maneirar" um pouco nas cenas mais fortes de sexo e violência. Não que eu seja moralista, mas na literatura, este tipo de cena funciona de um jeito bem diferente do que no cinema ou na televisão. E, neste caso, o público em geral poderia confundir chiclete com charrete.

Aconselho quem leu a obra assistir ao filme também. Mas apenas para quem já leu a obra, porque este livro não pode deixar de ser lido não, mesmo com um belo filme baseado em sua história.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

olimpíadas

Adoro esportes. Torço, sem vibrar muito. Caso tenha alguma competição importante televisada apenas de madruga, com muito esforço, estou eu lá. Futebol, Vôlei, Fórmula 1, Futsal etc.

No futebol, na fórmula 1 e no vôlei somos sempre muito bem representados nas competições internacionais. E pára por aí. Em várias outras modalidades esportivas não conseguimos disputar de igual para igual títulos importantes com outras nações menos ricas do que nós, com população menor do que a nossa.

As Olimpíadas são o maior exemplo de como o Brasil decepciona nos esportes. Somos fracos, muito fracos. Cuba consegue ser melhor do que o Brasil e isso não é nada interessante.

Se formos pensar em proporção, os cinco países mais populosos são 1º China, 2º Índia, 3º EUA, 4º Indonésia e 5º BRASIL. Em termos de economia, o Brasil é atualmente a 10ª economia mundial. Ou seja, o Brasil, ao meu ver, teria que obrigatoriamente transpor para os esportes olimpíadas, em número de VITÓRIAS, sua posição no mundo.

O que vemos, ao contrário, é uma lamúria sem fim de atletas e imprensa em todas as olimpíadas. A maioria dos atletas vão para a olimpíada para participar e não para competir e ganhar.

Somos pobres, muito pobres. Acho tão ridículo comemorarmos uma medalha de bronze como se fosse um vitória. Para o atleta brasileiro que se esforçou muito, realmente é uma glória, um sacrifício sobrehumano para poder alcançá-la. Este sim, está certo em comemorar. Mas a imprensa ufanizar (acabei de inventar isso) esta posição, só demonstra como somos conformistas, vira-latas.

O pior de tudo é que esse fator demonstra qual a nossa realidade política e social: abandono e descaso com o esporte.

Hoje em dia os alunos praticamente não fazem mais aulas de educação física. Não há escolas para o aprendizado das várias práticas esportivas. Quando há, não conta com incentivo nenhum de empresas e do governo. Este último, aliás, só "investe" quando o atleta, por conta própria, já demonstrou certo talento.

A impressão que dá é que todos estão à espera de um milagre. Talvez quando as olimpíadas (se vier) vierem para o Brasil, a gente melhore. De uma década a outra, nos tornaremos potência olímpica. Quem sabe.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

enquanto há vida

(...)
Ai... mas a vida
só é mais bela que a outra vida
que escuma ao lado em milhões.
A vida caminha
e os sorrisos brancos
de cetim cor-de-algodão
é o coração humano
que já não bate assim em tantos.

Talvez a vida seja a pluma
carregada pelo vento;
Seja a água e o champagne,
a espuma da água suja
e a pureza dos teus olhos...

Ai, mas a vida que insiste em brigar
talvez não queira mais brindar comigo
talvez não queira, por enquanto...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

enfim...é passada a hora e a vez

hoje, segunda-feira, 07.07.08, um dia após a primeira fase do vestibular, coloco a disposição o material completo da palestra de literatura para download, no link disponível abaixo:

palestra literatura jul. 2008

espero que possa ajudá-los de alguma forma.

abaixo está um vídeo sobre um filme que foi lançado, inspirado no conto "A hora e a vez de Augusto Matraga".


quarta-feira, 2 de julho de 2008

primeiro dia de pitaco's

é isso aí...

no primeiro dia da palest... dos pitaco's, ocorreram imprevistos e conseguimos falar de duas obras interessantíssimas.

segue ao lado, nas "sugestões" o link com os slides deste primeiro dia.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

profeta de mim mesmo

Profética


Em algum lugar, não sei onde,
devo confessar,
estará a glória, a minha glória.

Garanto que estarei sorrindo
quando der um passo a mais.
Pois, garanto, jamais pisarei em falso.

E de tudo, ficará apenas o orgulho.
De tudo, restarão meus medos,
para que uma condição se resolva:

se há esparadrapos na cabeça de tantos por aí,
hei de plantar minhas invenções
e garfar milhões de aplausos.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

faltam 15 dias...

Faltam 15 dias para os Pitaco's Literários II, que ocorrerá com o patrocínio do Futuro Pré-Vestibular.

Novamente Leozim (intimado) e Eu faremos um bate-bola sobre algumas obras do vestibular. A saber, as obras selecionadas foram:
  • Nove Noites - Bernardo Carvalho
  • Calabar - Chico Buarque e Rui Guerra
  • Prosas seguidas de odes mínimas - José Paulo Paes
  • La vie en close - Paulo Leminski
  • Ensaio sobre a cegueira - José Saramago
Espero que seja, mais uma vez, uma grande colaboração para esses mininos e essas mininas que tentam adentrar à UFU.

Local: Anfiteatro do Bloco X - Campus Santa Mônica UFU
Dias: 01/07 e 02/07
Horário: A partir das 18:40

sexta-feira, 30 de maio de 2008

alter ego

mon alter ego

c'est une chanson de jean-louis aubert.


segunda-feira, 26 de maio de 2008

sobre a oficina de escritores

>>> Oficina de Escritores
Sobre Escrita, Divulgação e Publicação



Interação entre escritores iniciantes. Discussão sobre a escrita literária. Discussão sobre os meios relacionados à difusão (divulgação, publicação, distribuição) de textos literários: sites, blogs, Orkut, revistas, antologias, saraus, prêmios e concursos, incentivos culturais, agentes literários, mercado editorial etc. Promoção de eventos relacionados à Literatura. Criação de alternativas a fim de difundir os textos dos integrantes.

1) Para maiores informações, peça e leia o projeto > jjjuninhosys@yahoo.com.br
[Arquivos PDF ou Word] Se preferir, vá ao menu "indicações", do lado esquerdo desta página e baixa o arquivo no formato PDF.
[Justificativas, Funcionamento, Objetivos, Público alvo, Instruções]

2) Lido o projeto e despertado o interesse, faça sua inscrição > jjjuninhosys@yahoo.com.br
[Vagas limitadíssimas]
[Inscrição gratuita]

3) Feita a inscrição, receberá todas as (outras) informações úteis.
[Dia, horário e local das reuniões. Periodicidade. Etc.]

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terça-feira, 13 de maio de 2008

parabólicas: primeira tentativa

Eis que as parabólicas não capturam mais os sinais soltos na atmosfera. Eis que alguns sonhos também, não são captados por nós.


Parabólicas nº 1

Não há mais parabólicas
captando os sinais dispersos por aí.
Há sim paranóicos, etanóicos, doido-varridos.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

análise: Manuel Bandeira - por luiz cézar cordeiro

Caros alunos e caras alunas,

Conforme prometido, eis abaixo uma pequena análise do livro Melhores Poemas de Manuel Bandeira. Espero que possa ajudá-lo(a)s de alguma forma.

Os Melhores Poemas de Manuel Bandeira


Toda vida de Manuel Bandeira está como que refletida na sua poesia. Talvez, não exista (...) exemplo maior de transposição para o plano artístico de uma experiência pessoal (...) – Francisco de Assis Barbosa.

Manuel Bandeira foi um exemplo típico, dentro da Literatura Brasileira, de como que a vida e obra do autor podem se confundir, se entrelaçar. Mas, não foi somente da vida do autor que a poesia de Manuel Bandeira se constituiu. Há que se atentar para a colaboração de seus versos para o início do Modernismo.

Ou seja, é importante analisar sua poesia, não apenas de acordo com sua vida, mas é importante relaciona-la com a escola literária predominante na época e que Manuel Bandeira ajudou, indiretamente, a difundir.

A obra Melhores Poemas reúne, segundo a visão de Francisco de Assis Barbosa[1], os poemas que recebem melhor destaque dentre a obra de Manuel Bandeira. Cerca de 98 poemas compõe esta coletânea e o que se pode notar é um apanhado de poesias que contempla todos os livros do poeta, desde A cinza das horas até Alumbramentos.

É importante notar que, mesmo tratando-se de uma coletânea, as poesias têm um diálogo constante, pois temas como morte, infância e utopia são muito recorrentes.

Logo no primeiro poema “Desencanto”, o poeta descreve com tristeza e utilizando recursos metalingüísticos[2] como ele cria uma poesia, ou seja, como quem chora, com um acre sabor na boca ou como quem morre.(p.17). Veja neste pequeno trecho do poema:

“Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

(...)

— Eu faço versos como quem morre.”

Já no último poema “Programa para depois de minha morte”, sem utilizar de recursos metalingüístico, mas de um simplicidade comovente, ele descreve a sua vontade quando ir para vida de aquém-túmulo (p.168):

“Depois de morto, quando eu chegar ao outro mundo,
Primeiro quererei beijar meus pais, meus irmãos, meus avós, meus tios, meus primos.
Depois irei abraçar longamente uns amigos – Vasconcelos, Ovalle, Mário... (...)”

Para facilitar sua vida de vestibulando, vamos abaixo caracterizar, de forma resumida e não-definitiva, a obra de Manuel Bandeira:

Características:

  • Poesia do Modernismo – 1ª fase;
  • Linguagem simples, cotidiana e em vários poemas, prosaica;
  • Predominância de versos brancos e versos livres;
  • Temas recorrentes:
  • Morte;
  • Infância (saudade / nostalgia);
  • Metalinguagem;
  • Sensualidade;

É possível notar algumas destas características nos poemas abaixo:

Os sapos

[...]
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: “Meu cancioneiro
É bem martelado.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinqüenta anos
Que lhes dei a norma:

Reduzi sem danos
A formas a forma.

No trecho deste poema “Os sapos”, nota-se um crítica feroz à literatura em voga no início do século XX: Parnasianismo. Essa crítica foi adotada pelos primeiros Modernistas.

Usando de recursos como ironia, sarcasmo e paródia, essa poesia lembra um poema do poeta Parnasiano Olavo Bilac, intitulado “A um poeta”:

Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.

Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:

Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
E a força e a graça na simplicidade.

Olavo Bilac


Desta forma, esta poesia de Manuel Bandeira contribuiu de forma significativa na Semana de Arte Moderna, que foi um marco histórico e de início do Modernismo e, consequentemente, com os “ideais” do Modernismo de combate à Literatura Passadista e proposta de uma Literatura de caráter nacional.

Outro poema que ilustra essa nova concepção literária é “Poética”:

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.

Abaixo os puristas

Verifica-se neste poema, a posição modernista quanto à concepção da poesia lírica. Contrária ao rigor formal e temático dos parnasianos, a poesia bandeiriana e, por conseguinte, toda a fase libertária do primeiro momento modernista.

Porém, Manuel Bandeira não foi um participante ativo do Movimento Modernista. Por isso, é importante não ficar apenas com esta impressão a cerca da poesia de Bandeira.

Conforme o início deste texto, vimos que sua vida e sua obra se confundem. Assim, em vários poemas, o tema da morte aparece, conforme vimos no primeiro poema desta obra.

Outras temáticas são recorrentes, como por exemplo o caso da nostalgia, sentimento advindo de uma infância feliz, sem as complicações da doença crônica de Bandeira.

Verifica-se isto no poema Profundamente, conforme trecho abaixo:

Profundamente

[...]

Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de são João
Porque adormeci
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?

— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.

Nota-se um sentimento de tristeza quando o poeta se lembra de um tempo “que não volta mais”: quando eu tinha seis anos...

Outro tema recorrente é a sensualidade. Muitas vezes expressada por um sentimento de impossibilidade de alcance do desejo sexual, em virtude dos problemas de saúde que impedem o poeta de ter um vida social e afetiva comum.

Maçã

Por um lado te vejo como um seio murcho
Pelo outro como um ventre de cujo umbigo pende ainda o cordão placentário
És vermelha como o amor divino
Dentro de ti em pequenas pevides
Palpita a vida prodigiosa
Infinitamente
E quedas tão simples
Ao lado de um talher
Num quarto pobre de hotel.

Observa-se a analogia entre maçã e o corpo feminino ou suas partes mais sensuais. Neste caso, nota-se mais uma vez, a simplicidade na escrita, na construção dos versos, mas de um riqueza de imagens impressionantes.

Por último, uma de suas poesias mais conhecidas: “Vou-me embora pra Pasárgada”, onde o tema da fuga torna-se evidente, através da criação de um lugar perfeito, ideal para uma vida plena do poeta:

Vou me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

[...]

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
-Lá sou amigo do rei-
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Portanto, é importante relembrar que a obra Melhores poemas de Manuel Bandeira reúne poemas de toda a sua vida literária. Por isto, há uma reunião de vários temas e características dispares entre os poemas.

Mas, não se esqueça que as poesias aqui devem ser relacionadas, guardadas as proporções, às características primordiais do Modernismo, de liberdade de criação, superação de modelos arcaicos da Literatura Nacional e proposta de uma nova concepção de poesia.

Ao mesmo tempo, sua poesia não deve ser separada de sua vida. Desta forma, poesias que expressam um sentimento íntimo com a morte são derivados da triste experiência de Bandeira com uma doença, em seu contexto histórico, praticamente irreversível.

[1] Francisco de Assis foi o estudioso em Manuel Bandeira que fez a seleção dos poemas desta obra.

[2] Metalinguagem: Segundo Thaís N. de Camargo Metalinguagem é a propriedade que tem a língua de voltar-se para si mesma, é a forma de expressão dos dicionários e das gramáticas. O significado do termo, entretanto, ampliou-se e hoje o encontramos associado aos vários tipos de linguagem. Veja esta explicação na íntegra , consulte http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u1745.shtml

quinta-feira, 24 de abril de 2008

quinta-feira, 17 de abril de 2008

blindness

Saiu o primeiro trailer do filme Blindness, dirigido por Fernando Meireles, baseado no Romance de José Saramago "Ensaio sobre a Cegueira".

O engraçado é que as imagens que vi nesse pequeno vídeo são mais ou menos parecidas com aquelas que montei em minha cabeça, quando li o livro.

Confesso que aguardo esse filme com ansiedade. Espero que ele seja tão bom quanto essa magnífica obra. Na verdade, se ele for apenas bom, tá muito bom.



terça-feira, 8 de abril de 2008

manuel... um cara apenas

Sempre que leio um poema qualquer de Manuel Bandeira, vejo como que a vida pode se tornar poesia e vice-versa. Mas há quem discorde ou desconheça isso. Basta ver, não apenas no recorrente tema da morte, mas na simplicidade que há na poesia.

Esta simplicidade não é coisa de estética, mas coisa de vida. O tom prosaico as vezes se resume a uma conversa com um amigo, com um parente, com uma amante ou com as paredes.

Muitos críticos gostam de complicar o que não é complicado:

"Estou cansado do lirismo que não é libertação"
Manuel Bandeira

domingo, 6 de abril de 2008

segunda-feira, 24 de março de 2008

volta a batalha

Após alguns dias de férias, nesta semana vou deixar aqui um texto que escrevi sobre Manuel Bandeira.

É apenas uma pequena análise do livro Melhores Poemas para os alunos que estão prestando vestibular na UFU. Caso outros se interessem pelo livro, fiquem a vontade pra ler. Garanto que não faz mal algum.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

o remédio para a insônia


Muitas vezes os poetas, escritores, dramaturgos criaram algo brilhante em meio a uma grande insônia. Não que isso seja inspiração, mas é um momento propício para criar algo novo.

Num momento como este, criei, além do poema abaixo, o "conceito" para minha pequena obra literária.

Boa leitura!


Disco voador


Você já viu um disco voador?
Você já viu?
Será que desaprovou
Minha angústia viril?
Será que será uma porta
Que abriu?
Uma janela que fechou?


Você já viu um disco voador?
Quem já viu, por pouco amor
Caçoou de si mesmo
Desacreditou no céu
Tão estranha espaçonave,
dando voltas num mundo desabitado.


Quem viu desaprovou,
Tão estranho é o mundo
Que há pessoas estranhas
Próximas umas das outras
Procurando apenas em si
Um sinal no céu, no ar


Mas nenhum desses viram
O disco voador
Que pousou manso
E encontrou solidão.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Novos Livros

Para quem vai encarar o vestibular de Julho / 2008 tem algumas novidades.
A UFU trocou três obras literárias. Saíram Sentimento do mundo de Drummond, Melhores Poemas de Ferreira Gullar e Triste Fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto.

No lugar destas obras ficaram La vie en close de Paulo Leminski
Prosas seguidas de odes mínimas de José Paulo Paes
Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago.


O que se viu foi uma apanhado maior de obras contemporâneas. Agora, a obra mais "antiga" é Sagarana do Guimarães Rosa (1946).

Desta forma, acredito que os vestibulandos terão uma contato maior ainda com a produção mais atual da Literatura Brasileira. O próximo passo agora é ler as obras. Bonne Lecture!!!

Assim que eu tiver material que ajude na leitura desta obras, eu coloco aqui no blog ou no grupo de Francês do Futuro <http://groups.google.com.br/group/francesfuturo?hl=pt-BR>.

Clichês


Alguém já disse alguma vez em algum lugar que o futuro é incerto. Isso é óbvio. Mas, quando a gente se propõe a estabelecer metas, talvez o futuro pode ser certeiro ou quase certeiro.
Vixi, ultimamente ando falando muito clichês. Porém, percebo que a vida é uma legião de clichês. Não é mesmo?

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Pitaco's Literários

Nos dias 14 e 15, Leozim, Mariana e Eu apresentamos os Pitaco's Literários, mundialmente conhecido como Palestra de Literatura do Futuro Pré-Vestibular.

Foram horas de análise, palpites, bate-papo sobre Literatura, mais especificamente sobre as obras literárias cobradas no vestibular da UFU.

Aproveito para agradecer a Mariana por ter aceito o convite e ter dado uma bela contribuição aos alunos. Brigadão Mariana!!!!!

E ao Leozim. É isso aí meu irmão!!!! Grande Leozeira da Bahia... Os pitaco's arrepiaram a galera.

A quem se interessar pelos slides apresentados no Pitaco's, podem baixar o arquivo na página do Grupo de Francês do Futuro: http://groups.google.com.br/group/francesfuturo?hl=pt-BR.

Grande abraço a todos!!!!!!!!!!!!!!!!