terça-feira, 31 de março de 2009

há muito tempo...

Há algum tempo eu fiz um poema com um tema tão vago, que parece até coisas de autoajuda. Era grande, com quase quatro folhas. Mas eu fui machadando-o, podando-o, até ficarem apenas três estrofes.


Já li uns versos do Mário Quintana em que ele diz para os poetas não datarem seus poemas. Mas não tem jeito. Tem uma data impressa neste poema abaixo em minhas lembranças adolescentes que não me deixa esquecer o contexto "histórico" dele.


Boa leitura!


A vida


(...)

Ai... mas a vida

só é mais bela que a outra vida

que escuma ao lado em milhões.

A vida caminha

e os sorrisos brancos

de cetim cor-de-algodão

é o coração humano

que já não bate assim em tantos.


Talvez a vida seja a pluma

carregada pelo vento;

Seja a água e o champagne,

a espuma da água suja

e a pureza dos teus olhos...


Ai, mas a vida que insiste em brigar

talvez não queira mais brindar comigo

talvez não queira, por enquanto...

(22.10.2001)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

para um dia novo

Profética


Em algum lugar, não sei onde,

Devo confessar,

estará a glória, a minha glória.


Garanto que estarei sorrindo

Quando der um passo a mais

Pois, garanto, jamais pisarei em falso.


E de tudo, ficará apenas o orgulho.

De tudo, restarão meus medos,

Para que uma condição se resolva:


Se há esparadrapos na cabeça de tantos por aí

Hei de plantar minhas invenções

e garfar milhões de aplausos.


por luiz cézar cordeiro